A situação da SATA esteve, mais uma vez, em debate na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, com o Grupo Parlamentar do Partido Socialista a reconhecer que os resultados alcançados não são sustentáveis, a defender que a prioridade é garantir que a companhia aérea continua a servir os Açores e os Açorianos e a condenar a “hipocrisia política” do PSD, que está mais preocupado em não perder as eleições de 2020, do que em apresentar soluções.
Carlos Silva começou por recordar que “a SATA teve, no passado, um papel muito importante na Região, teve um papel essencial ao serviço da economia regional e ao serviço do turismo, numa fase muito difícil a nível regional, nacional e internacional”, referindo a título de exemplo que “entre 2008 e 2017 “a SATA transportou mais 88% de passageiros de e para os Açores”.
“E se no passado a SATA serviu os Açores e os Açorianos, ainda hoje, com alguns percalços, com alguns problemas operacionais - e, nós reconhecemos, com resultados que não são os desejáveis -, a verdade é que mesmo com esses problemas a SATA, ainda hoje, continua a aumentar os seus voos, a oferecer mais lugares, a transportar cada vez mais passageiros”, acrescentou o deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores.
Carlos Silva sublinhou a importância de algumas das medidas que já estão curso, como é o caso da renovação da frota, da reorganização interna ao nível de recursos humanos, da reestruturação financeira que está em curso e do processo de alienação de parte do capital da Azores Airlines. Mas, avisou é preciso “dar estabilidade, criar um clima de estabilidade à volta da empresa para que ela consiga prosseguir aquela que é a sua atividade e a sua missão de assegurar a mobilidade dos Açorianos e servir as 9 ilhas da nossa Região”.
Para o futuro da SATA, o PS já percebeu que não pode contar com o maior partido da oposição que, “numa manobra de hipocrisia política” começa o debate a “elogiar os trabalhadores”, quando na mesma semana “um vice-presidente da sua bancada – o deputado Bruto da Costa – disse, que tem vergonha da SATA”. A bancada socialista condenou, também as declarações de Alexandre Gaudêncio que sobre o futuro da SATA nada disse a não ser apelar ao voto no PSD em 2020.